“Qualquer ambiente pode receber cor, não há restrição.” A proposta de trazer alegria aos espaços da casa por meio de cores vibrantes é defendida por Roberto Palomba. O designer italiano abusa de espontaneidade na escolha de tonalidades, como laranja e vermelho, em peças e decorações. “Acredito que as cores despertem sensações e, por isso, devem estar sempre presentes na casa. A natureza está repleta de tonalidades diferentes. Quando olhamos para o verde, por exemplo, logo pensamos em florestas e no frescor da mata”, diz ele, que esteve no Brasil a convite das marcas Laufen e Kartell para o lançamento de uma nova coleção de móveis e louças.
Palomba recorre ainda a formatos orgânicos e desenhos fluídos no desenho de suas peças, valendo-se de materiais como vidro, cerâmica e plástico – sem nunca esquecer-se de investir na garantia da emoção. “O design precisa transmitir verdade e ser espontâneo. Mas o resultado final dependerá muito do talento do artista e de sua ousadia no momento de inovar”, afirma. O trabalho do reconhecido designer italiano, desenvolvido em conjunto com a esposa (no escritório Ludovica + Roberto Palomba), já resultou em prêmios como Good Design Award, Red Dot e Compasso D'Orom.
Sustentabilidade nos projetos é outra questão muito valorizada por ele. E o objetivo não é ficar restrito apenas a novos materiais. O importante é desenvolver processos sem agredir o meio ambiente. “Às vezes, as pessoas não identificam o tamanho do impacto que uma produção pode causar na natureza. Os processos devem ser estudados e ter eficiência garantida para serem realmente sustentáveis”, afirma. Desse modo, nada melhor do que apostar em quesitos como o aumento da durabilidade e eficácia (diminuindo o consumo de água e energia, por exemplo) na criação dos produtos.
A nova cerâmica da Laufen by Kartell é uma destas apostas. O material foi desenvolvido de modo a trazer mais dureza e resistência às peças. Além disso, a coleção de louças lançada na capital paulista nesta semana ainda traz a beleza da estética transparente. “Procurei o frescor da transparência do policarbonato ao criar peças ‘nômades’, que podem ser usadas em outros locais da casa além do banheiro”, diz.
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