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Coquetel do dia seguinte pode ser solução para o HIV.


Entre os anos 2000 e 2014, o número de novas infecções por HIV diminuiu 35,5% no mundo. No Brasil, por outro lado, o resultado foi o contrário, segundo dados de um relatório divulgado pela Unaids. Porém, apesar do resultado negativo para o país, a mudança no quadro pode estar mais próxima com o uso do coquetel do dia seguinte.

Ainda pouco conhecido pela população brasileira, o tratamento usado como profilaxia nada mais é que uma combinação diferente de medicamentos já utilizados em paciente com o vírus. Saiba mais a seguir.

Como usar o coquetel do dia seguinte

Também conhecido como profilaxia pós-exposição (ou PEP sexual), o coquetel do dia seguinte é uma alternativa para evitar a contaminação pelo HIV nos casos em que houve exposição. Tomado até 72 horas após o contato, ele aumenta as chances de que o vírus não se instale no corpo.

Mas, conforme alerta o médico Gustavo de Araújo Pinto, membro do Comitê de Retroviroses da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), é fundamental respeitar esse prazo. Não adianta, por exemplo, ir em busca do medicamento cinco dias depois.

O ideal, ao contrário, é que ele seja tomado o mais rápido possível. Depois, os remédios seguem prescritos por mais 28 dias, a partir de orientação médica. Sempre como exceção, não regra.

O coquetel do dia seguinte no Brasil

Porém, se por um lado a profilaxia pode ser uma solução eficiente para diminuir o número de novos casos de Aids, por outro o assunto ainda rende discussões no país.

A maior preocupação, explica Araújo, é a banalização do uso, que também pode levar ao sexo desprotegido, sem camisinha. Afinal, embora o medicamento diminua os riscos de contrair o HIV, ele não impede outras doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).

Até poucos anos atrás, o tratamento era indicado apenas para acidentes envolvendo profissionais de saúde, vítimas de violência sexual e também entre casais em que apenas um dos parceiros é soropositivo.

Hoje em dia, ele está disponível para toda a população, mas não sem que antes ocorra uma avaliação de risco, que deve ser feita por um profissional da área da saúde. Especialmente nos casos de estupro, o processo já é bem estruturado nos postos públicos de atendimento e conta com todo o apoio que a vítima precisa para receber as doses.

No entanto, como qualquer fármaco, vale lembrar que o coquetel do dia seguinte pode apresentar efeitos colaterais. Os mais comuns, pontua Araújo, são a presença de náusea e diarreia.

Medicamento pré-exposição também é alternativa

Além do coquetel do dia seguinte, novas soluções têm sido estudadas para combater a Aids. No Brasil, diversas instituições de pesquisa na área da saúde se uniram para desenvolver o que se chama de profilaxia pré-exposição.

A ideia é que um comprido diário de antirretroviral (ARV) seja tomado antes que ocorra a exposição. Atualmente, os estudos do PrEP Brasil avaliam a aceitação, a viabilidade e as opções de oferecer o medicamento à população brasileira.

Também se analisa a possibilidade de uso do ARV a partir da PrEP Tópica, em forma de gel. Embora os resultados ainda não sejam conclusivos e a pesquisa siga em desenvolvimento, as perspectivas são animadoras e indicam para uma mudança no cenário de combate ao HIV.

VIA

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