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As crianças estão desaprendendo a brincar?


Você observa as brincadeiras de hoje e fica pensando que as suas é que eram legais? Acha que se esqueceram de como é gostoso se divertir entre amigos ou até mesmo sozinhos? Será que as crianças estão desaprendendo a brincar?

Dados do projeto Território do Brincar, feito em parceria com o Instituto Alana, mostram que não, felizmente. Entre abril de 2012 e dezembro de 2013, os documentaristas Renata Meirelles e David Reeks, acompanhados de seus filhos, percorreram o Brasil visitando comunidades rurais, indígenas, quilombolas, grandes metrópoles, o sertão e o litoral, registrando as sutilezas da espontaneidade do brincar. Eles perceberam que as crianças continuam brincando de pipa, carrinho construído com embalagens, peteca feita com palha de bananeira, bola de gude e até batismos de boneca de capim.

No entanto, houve, sim, uma mudança, especialmente nos grandes centros”, sentencia Ana Cláudia Leite.

A especialista afirma que a tecnologia, se usada de maneira inconsequente, tira das crianças o direito de brincar. Pesquisas da Fundação Getulio Vargas (FGV) e do Instituto Alana mostram que a criança e o adolescente brasileiro (0 a 17 anos) passam, em média, mais de cinco horas em frente à televisão. É muito tempo!

Não acho que as crianças estão desaprendendo a brincar. O que acho é que o tempo de brincar está cada vez mais reduzido e a infância cada vez mais acelerada”, conclui Denise Garcia Schmitt, psicopedagoga e personal infantil da Casa de Brinquedos.

Segundo ela, com a chegada dos eletrônicos e com a quantidade de informação que as crianças recebem, o brincar passou a ser diferente. “O que mais me preocupa não são os tipos de brincadeira que estão sendo feitos e, sim, a falta de tempo livre para explorá-los”, alerta.

Outro ponto bastante preocupante é a diminuição do poder criativo nas crianças. A criança que não brinca ou não é estimulada a brincar carregará perdas bastante significantes no decorrer da vida adulta. Numerá-las é bastante subjetivo, pois cada indivíduo reage de uma maneira e tem características próprias.

De maneira geral, prejudica a qualidade do raciocínio lógico, dificulta a capacidade de se reinventar frente a um determinado problema, limita as possibilidades, diminui a capacidade de organização, prejudica o dar e receber afeto, a liberdade de expressão, além de um imenso comprometimento nas questões relacionadas ao desenvolvimento social”, enumera Denise.

Brinquedos e jogos eletrônicos já vêm prontos. Isso inibe a criatividade e não exercita a mente. Os melhores brinquedos são aqueles que possibilitam ser e ter o que a criança quiser. Acredito muito no brincar livre, sem rótulos ou formato, recheado de fantasia e possibilidades e o mais importante: tranquilo e sem pressa”, esclarece a psicopedagoga.

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