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Tireoidite de Hashimoto: Mulheres correm mais risco.

A tireoidite de Hashimoto, ou tireoidite linfocítica crônica, é uma doença autoimune e incurável. O próprio organismo produz anticorpos contra a tireoide, provocando uma inflamação crônica. O resultado é a destruição das células da glândula ou a redução de sua atividade, podendo levar ao hipotireoidismo por carência na produção de hormônios.


Descoberta em 1909 pelo médico japonês Y. Hashimoto, a tireoidite pode estar associada a outros problemas com essas características, envolvendo o pâncreas, as gônadas ou órgãos como a pele e o fígado. O pesquisador também relatou casos de tireoides invadidas por células brancas da circulação, os linfócitos.

Diferentes genes são responsáveis pela tireoidite, caracterizando uma herança poligênica. A doença é mais comum em algumas famílias com vulnerabilidade genética. As mulheres correm mais risco que os homens: a incidência é de oito casos no sexo feminino para cada caso masculino.

Há famílias em que avó, mãe, tia e filha são vítimas da doença. Os sintomas aumentam conforme a pessoa envelhece, chegando a atingir 13% das mulheres após a menopausa. Por isso, os médicos recomendam que, depois dos 40 anos de idade, seja feito anualmente um exame minucioso da tireoide.

Para o diagnóstico, exames de sangue e de ultrassonografia da glândula também são fundamentais.

Iodo é vilão

Outros fatores têm papel desencadeante no processo de desenvolvimento da patologia. O iodo é considerado um dos principais vilões. Ele pode fazer eclodir a tireoidite crônica por meio do consumo excessivo nas refeições, na utilização de remédios que contenham a substância e no uso repetido de contrastes radiológicos.

Sucessivas gestações e partos também auxiliam no desencadeamento do problema entre as mulheres. Além disso, o consumo do interferon - medicamento usado contra a hepatite - pode elevar a agressividade do sistema imunitário e causar a tireoidite de Hashimoto.

Às vezes, a pessoa demora a perceber que há uma alteração grave em seu organismo porque a dor é um sintoma que ocorre raramente. Em geral, é de pouca intensidade e mais na região inferior do pescoço.

Sintomas da tireoidite de Hashimoto

As características mais evidentes são aparecimento de edema duro no pescoço, chamado de bócio ou, vulgarmente, “papo”. Cansaço, fraqueza, sonolência, depressão, irritabilidade, ganho de peso e inchaço são outros sinais.

A doença apresenta, ainda, sintomas como câimbras, fragilidade dos cabelos, pele fria e seca, hiperpigmentação (manchas na pele), prisão de ventre, diminuição da frequência cardíaca, queda da atividade cerebral, distúrbio vocal (voz grave), diminuição do apetite, sensibilidade a baixas temperaturas e alterações menstruais.

O uso de imunossupressores, medicamentos que bloqueiam a resposta do sistema de defesa, costuma gerar mais problemas que benefícios. Por isso, o tratamento da tireoidite de Hashimoto é feito por meio de reposição hormonal.

A dose da suplementação da levotiroxina (hormônio tireoidiano) varia conforme o grau de deficiência da produção hormonal, a idade e o peso do paciente, a severidade da doença e interações medicamentosas.

Se o bócio não diminuir de tamanho, crescer demais e provocar o risco de se tornar um tumor, a tireoide pode ser removida através de cirurgia.

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